Leitoras queridas, fico muito feliz quando recebo mensagens dizendo que adoram o blog, que é divertido, bem-humorado, que dão risadas com ele etc. Minha intenção é essa mesmo, um espaço leve pra esfriar a cabeça, já que hoje é só ligar o rádio, a TV ou abrir o jornal pra dar de cara com notícias ruins no Brasil e no mundo. Por isso sempre escrevi aqui alheia ao noticiário.
Pois bem, hoje resolvi abrir uma exceção, me desculpem. Mas é que não estou conseguindo pensar em coisas muito engraçadas devido a essa tragédia que aconteceu com o menino João Roberto, aqui no Rio, que está em todos os jornais e telejornais. Sempre fico muito chocada com esses crimes bárbaros, mas esse me machucou em especial porque eu sou colega de trabalho da mãe dele, Alessandra. Não conheci o João pessoalmente, mas por essa mesma foto que saiu em todos os jornais, que a Alê mostrava a todos com orgulho. Vocês não imaginam o que é conviver com uma mãe 7 horas por dia, 5 dias na semana, que a cada brechinha de tempo ou na hora do almoço contava alguma coisa sobre os filhos... os deveres da escola, a birra pra tomar banho, o brinquedo novo... Muitas vezes ela já chegava no trabalho cansada, cheia de olheiras, mostrando que não era fácil cuidar de duas crianças mas ao mesmo tempo dizia que era o maior prazer do mundo. Quando vejo alguma imagem da tragédia, só lembro dela contando que um dia teve que ir rapidinho na portaria do prédio, não tinha ninguém em casa além dela e das crianças, e falou pro João: "João, mamãe vai lá fora e já volta, toma conta do seu irmãozinho!".
Como é horrível ver essa mãe tão dedicada e trabalhadora chorando sobre o caixão do próprio filho, como é horrível ver essa inversão da lógica natural da vida acontecer de forma tão absurda e violenta!!! Não sei o que será da vida da Alê daqui pra frente, e me entristece demais saber que tão cedo não vou vê-la na mesa de trabalho ou na mesa do almoço, rindo ou contando a última novidade de casa.
Peço a quem acredita em Deus, que reze por essa família. A quem não acredita, que envie pensamentos positivos para que a Alê e o marido Paulo Roberto tenham forças para seguir em frente, com o consolo que o bebê Vinícius nada sofreu e a partir de agora será a razão de viver desses pais destroçados pela triste realidade do nosso país.
6 comentários:
É triste demais!!!
Tenha certeza, Marcela, que foi louvável essa sua atitude de expressar o que você sente diante dessa situação!!
Não posso imaginar a dor dessa família!! Me entristeci muito quando soube do ocorrido, mesmo nem conhecendo essas pessoas, mesmo nem sabendo da existência deles antes de tudo, sofri demais pq isso comove agente!!!
Pedi e continuarei pedindo a Deus que seja misericordioso para com essa família!! Que console esses corações que se devastaram com essa tragédia!!!
Fiquei tão chocada que também escrevi sobre isso lá no blog. Hj, um colega, também jornalista, contou o quanto se emocionou ao entrevistar o pai do João para a rádio em que trabalha. Disse que por várias vezes teve que conter o choro, enquanto toda a redação deixava de lado a isenção que a profissão exige para se entregar à emoção.
Adorei seu blog!
Realmente essa história é inacreditável... Tb fico imaginando como os pais conseguem continuar vivendo depois de perder um filho.
A dor desta família é de todos nós,
fácil as autoridades pedirem desculpas. Ficamos indignados com o descaso.Na França falta pão o povo se mobiliza e vira a situação
aqui falta tudo e o que fazemos?
Nos conformamos e esquecemos que politicos ´so pensam em ganhar votos nos usam.Não devemos esquecer que podemos ser as próximas vitímas...
A dor desta família é de todos nós,
fácil as autoridades pedirem desculpas. Ficamos indignados com o descaso.Na França falta pão o povo se mobiliza e vira a situação
aqui falta tudo e o que fazemos?
Nos conformamos e esquecemos que politicos ´so pensam em ganhar votos nos usam.Não devemos esquecer que podemos ser as próximas vitímas...
ele é lindo de mais não merecia isso
a justiça quero jutiça
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